Sexo gasta quantas calorias? É exercício físico? Entenda

Vinicius de Araujo
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Celebrado nesta sexta-feira (6), o Dia do Sexo levanta o debate sobre os benefícios da relação sexual para a saúde física e mental. Além de prazeroso, o sexo pode ser considerado exercício físico, pois é capaz de queimar calorias e proporcionar melhorias para o corpo e a mente. Ele não deve, entretanto, substituir a rotina de atividades físicas.

Sexo gasta quantas calorias?

O sexo queima, em média, 101kcal em homens e 69kcal em mulheres por relação, segundo estudo publicado em 2013. Esse levantamento analisou 21 casais heterossexuais jovens de Montreal, no Canadá, com as relações durando 25 minutos em média.

  O Equivalente Metabólico da Tarefa (MET) do sexo é estimado, nesse estudo, de 6 para homens e 5,6 para mulheres, o que equivale a uma atividade física de intensidade moderada. Há outras pesquisas que estimam uma intensidade leve da relação sexual.

Essa demanda física pode variar conforme o estado de saúde da pessoa e a intensidade, a duração, as posições e a fase da relação sexual.

— O sexo, em termos de gasto energético, é aproximadamente equivalente a uma caminhada de intensidade moderada, mas significativamente menos intenso do que correr. Embora tenha benefícios para a saúde e o bem-estar, a atividade sexual não deve ser considerada uma substituição para exercícios mais intensos em termos de queima de calorias e condicionamento cardiovascular — explica o médico Francisco Tostes, especialista em Medicina do Esporte e atuante em Endocrinologia.

Benefícios do sexo

Entre os benefícios da atividade sexual regular estão:

  1. Aumento do gasto calórico;
  2. Melhora do condicionamento físico e da frequência respiratória;
  3. Colabora para o controle da pressão arterial e da frequência cardíaca;
  4. Redução do risco cardiovascular, como ocorrência de infarto e acidente vascular cerebral (AVC);
  5. Liberação dos hormônios dopamina, associado à sensação de prazer e satisfação, e serotonina, ligado a bem-estar e relaxamento;
  6. Diminuição dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no sangue;
  7. Melhora da sensibilidade à insulina, colaborando para o controle dos níveis de glicose no sangue, ajudando a prevenir o desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes tipo 2;
  8. Melhora da qualidade do sono devido à liberação de hormônios como a prolactina, que promove relaxamento e facilita o sono.

Sexo e desempenho esportivo

Uma questão que preocupa principalmente os atletas é a influência do sexo no desempenho esportivo.

Segundo o personal trainer Matheus Vianna, essa influência só é negativa em "intervalo menor do que duas horas entre a relação e o momento de competir" ou quando o sexo é combinado "com ingestão de álcool ou tabaco".

— Portanto, o que afetaria o desempenho esportivo não é tanto a relação sexual, mas a perda de horas de sono e a piora da sua qualidade — salienta o educador físico.

Riscos cardiovasculares do sexo

Como atividade física, que pode chegar a intensidade moderada, o sexo pode levantar receios de riscos cardiovasculares, especialmente em pessoas com problemas cardíacos. Mas a taxa de ocorrência disso é mínima, conforme a médica cardiologista Aline Azevedo.

— Ocorrência de morte súbita durante o coito é a exemplo da morte súbita relacionada ao exercício, um evento raro que corresponde a 0,6% dos casos de morte súbita — contextualiza a especialista.

— Indivíduos fisicamente mais ativos e com níveis mais altos de atividade sexual por semana apresentam menores riscos em comparação aos indivíduos sedentários. Indivíduos com doença cardiovascular instável, grave e descompensada ou que apresentam sintomas cardiovasculares durante a relação sexual devem adiar a relação até avaliação médica e estabilização do quadro.

Conforme a médica, de maneira geral, homens e mulheres com doença cardiovascular estável, sem sintomas ou sintomas mínimos durante as atividades de rotina e capacidade funcional maior do que 3 a 5 METs durante o teste ergométrico podem fazer sexo de forma segura. 

Fonte: GE 

 

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