6 mitos sobre sexo oral relacionados a doenças sexualmente transmissíveis

Vinicius de Araujo
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Apesar de ser uma prática bem comum, o sexo oral ainda é cercado por mitos, especialmente quando se trata de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Um dos principais equívocos é acreditar que essa forma de sexo não envolve riscos. Infecções como o HPV, herpes e gonorreia podem ser transmitidas durante o sexo oral. Além disso, muitos acreditam que usar enxaguante bucal após a prática evita doenças.

  Outra inverdade comum é que apenas pessoas com sintomas visíveis transmitem infecções, mas muitas DSTs podem ser assintomáticas, o que reforça a importância de cuidados constantes. Para esclarecer essas e outras dúvidas, a Glamour conversou com ginecologistas e trouxe respostas; confira!

1 - Sexo oral é sexo seguro

MITO! "Sexo oral não causa gravidez, mas a prática pode transmitir infecções sexualmente transmissíveis. Sífilis, herpes e HPV são algumas ist’s (infecção sexualmente transmissíveis)", explica a ginecologista Émile Almeida. A profissional recomenda o uso de preservativos. "Uma opção ainda pouco conhecida são as folhas de látex, chamadas de dental dam. Elas são feitas para cobrir a vulva e o ânus, além de serem usadas como barreira para alguns brinquedos eróticos." 


2 - Usar enxaguante bucal previne a transmissão de DSTs

MITO! Embora o enxaguante bucal ajude na higiene, ele não protege contra DSTs. "O uso de barreiras, como preservativos ou protetores bucais, é a forma mais eficaz de prevenção. Enxaguantes bucais eliminam bactérias comuns, mas não afetam vírus como o HPV ou herpes, que já podem ter sido transmitidos durante o ato", afirma a ginecologista Isabela Melo.

3 - Só é preciso usar proteção no sexo vaginal ou anal, não no sexo oral


MITO! Preservativos e protetores bucais também são importantes durante o sexo oral, já que muitos agentes de DSTs podem ser transmitidos dessa forma. "A transmissão de doenças como gonorreia e clamídia pode acontecer através do contato entre a boca e os genitais, por isso, o uso de barreiras é uma prática eficaz para a prevenção. Mesmo que o sexo oral seja considerado de menor risco, a proteção é fundamental", aconselha Isabela.

4 - Sexo oral não tem chance de causar câncer 


MITO! O sexo oral está associado ao câncer orofaríngeo (câncer oral e de garganta). "A prática desprotegida pode transmitir microrganismos causadores de infecção para sua cavidade oral, que é relacionado ao vírus HPV", alerta Émile.

5 - A ausência de sintomas significa que a pessoa não tem DSTs


MITO! Muitas DSTs, como HPV, clamídia e gonorreia, podem ser assintomáticas por muito tempo, de acordo com a Drª Isabela. "Isso não significa que a pessoa não esteja infectada ou não possa transmitir a doença. Mesmo sem sinais visíveis, é possível disseminar DSTs para parceiros durante o sexo oral. Por isso, exames regulares e práticas seguras são essenciais."

6 - A saliva pode ser usada como lubrificante

MITO! "Não é um bom lubrificante. A saliva seca rapidamente, o que pode causar atrito e desconforto durante a relação sexual", afirma Isabela. A saliva tem uma acidez que pode alterar o pH da vagina. "É possível que desequilibre a flora vaginal e levando a problemas como candidíase e vaginose bacteriana", completa.

Fonte: Glamour 

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